Alguém aí falou que ama "o triste blues dos negros americanos", o que limita muito o Blues. Assim como qualquer forma musical, o Blues pode ser triste ou alegre. E muitas vezes vejo pessoas rejeitarem o Blues - por que traduzem como sendo triste, daí para associar a uma música triste é um pulo. Mas em seguida vejo essa mesma pessoa dançando algremente ao som de um Blues alegre, ritmado... E aí eu falo que é um Blues, e a pessoa se assusta!
Muitas vezes vejo pessoas associarem ao Samba somente alegrias. Mas o Samba também canta seus lamentos e tristezas, e de forma magistral.
Hoje em dia, o Blues ultrapassou, desde a década de 60, e com maestria, a "barreira" da etnia e do preconceito. Haja vista o chamado "Blue eyed Blues" - Blues de olhos azuis - de Eric Clapton, John Mayall, Peter Green, Fleetwood Mac (a primeira configuração), Beatles e Rolling Stones (falando dos ingleses) e de Johnny Winter, Steve Ray Vaughan, Janis Joplin (quase sempre acusada, injustamente, de roqueira que gostava de Blues!!! hehehehehe. Na verdade era ao contrário!), Credence Clearwater Revival, Bob Dylan... Caramba! A lista é enorme!
Mas isso só possível a partir do Newport Folk Festival, em 1963, e o Blues nunca mais parou de crescer.
Isso só foi possível graças aos mestres do Blues como Robert Johnson, Muddy Waters, Albert King, Howling Wolf, B.B.King, Lightning Slim, Son House, John Lee Hooker... e o chamado Blues de Chicago...
Mas qual era a pergunta mesmo, hein? Aaahh!! Se eu amo Blues...
Não sei bem. Depois disso o que eu disse aqui, eu deixo para vocês decidirem se eu amo ou não o Blues.
That's all, folks!